Vírus Mágicos

Vírus Mágicos

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤAs escadas e o elevador de visitas do Hospital St. Mungus no segundo andar no prédio davam acesso a um pequeno hall de espera muito bem mobilliado. Sofás de couro negros, pequenas escrivaninhas onde se podiam encontrar algumas edições do Profeta Diário, O Pasquim e algumas revistas bruxas que cobriam todos os gostos de leitura. Alguns vasos de plantas mágicas de ornamentação e dois quadros antigos de dois medibruxos: Genoveva Leroy e Clodoaldo Madoqueu. A primeira ficara famosa por inventar um conjunto de poções antissépticas e o segundo por ser o criador do Feitiço de Curetagem. Logo à frente da entrada do elevador ficava uma passagem em arco ampla ocupada por um lindo vidro espelhado que não permitia ao visitante ver além. A passagem era protegida por duas grandes estátuas de homens mal encarados cujos braços direitos, com as mãos portando varinhas de concreto, se cruzavam à frente do vidro, formando um X que indicava bem que a passagem sem autorização não era permitida. Além do vidro espelhado se estendia um corredor alto e amplo de cerâmica branca assim como as paredes lisas sem quadros. A luz vinha de uma fonte misteriosa, pois não havia velas ou archotes com chamas a vista, nem janelas. No entanto, archotes ficavam encaixados a parede bem rente ao teto, mas sobre eles existiam pequenos compartimentos com poções que exalavam um odor estranho, que lembrava um pouco o formol, mas menos irritante. A poção mantinha o ar sem a presença de pequenos microorganismos mágico, principalmente vírus. Seis enfermarias se encontravam divididas, as três do lado direito eram para homens e as três do lado oposto para mulheres. Não eram intitulados com nomes de pessoas, apenas numeradas, números pares para homens e ímpares para mulheres. Cada continha seis leitos, assim como o corredor paredes brancas e lisas e o chão de cerâmica branca. Apenas uma janela decorativa. A ventilação era feita pó um mecanismo interno, todo o ar das salas era processado para ser purificado. Mais adiante das enfermarias ainda existia a entrada para um pequeno laboratório de analises, outra para a enfermaria e uma última para uma pequena cozinha. No fim do corredor uma escada e um elevador para funcionários e pacientes. O elevador era mais largo que o de visitas e permitia o transporte de pacientes em macas.