Ala Psiquiatrica

Ala Psiquiatrica

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤA ala psiquiátrica do St. Mungus era completamente diferente de qualquer uma das outras alas do hospital. Ao adentrar a enfermaria, os visitantes se deparariam com alguns médicos circulando pelo local, os enfermeiros quase nunca estavam parados e os poucos instantes que conseguiam repousar estavam atrás do balcão da farmácia. Havia ainda uma pequena recepção onde o visitante deveria se identificar, deixar sua varinha e ser revistado, de modo que nenhum objeto que pudesse causar dano ao visitante ou paciente adentrasse qualquer um dos quartos. Ao longo do local, havia três corredores que conduziam aos três setores da ala. Algumas de suas paredes estavam cobertas de fotos ou desenhos dos familiares dos pacientes, enquanto outras eram completamente cobertas de rabiscos coloridos feitos pelos, assim chamados, “internos”. A primeira e a segunda seções eram separadas por uma parede de vidro, enfeitiçada para não quebrar, assim como não passar nenhum som de um lado para o outro e, somente usando um feitiço específico, conhecido por poucos, seria possível enxergar do outro lado do vidro. A primeira – e menor – sala tinha somente duas poltronas, uma reclinável como uma cama e a outra normal, sendo exatamente onde era feito o primeiro contato entre o medibruxo e o paciente. Em frente a essas poltronas havia uma parede falsa e atrás desta estava localizado um grande armário com poções, camisas de força, injeções e todos os outros equipamentos que pudessem ser necessários em caso de medidas drásticas, desde os mais modernos até os mais tradicionais. A segunda era a sala de recreação, bem maior que a outra, e completamente branca. Todas as janelas eram grandes e continham feitiços que impediam que os pacientes conseguissem sair dali, mesmo que estivessem abertas. A sala continha vários jogos, como xadrez de bruxo, snap explosivo e vários outros meios de distração para os presentes. Havia também algumas mesinhas e poltronas pra que eles pudessem conversar ou somente descansar. Alguns enfermeiros, aptos pra conter qualquer paciente, vigiavam a sala vinte quatro horas por dia, revezando-se em turnos. Uma porta à direita dava acesso a um conjunto de banheiros, separados entre masculino e feminino, cuidadosamente equipados sem a presença de objetos cortantes e sem janelas. A terceira seção se tratava, na verdade, de um conjunto de quartos. Eram quartos pequenos, possuindo apenas uma cama, um sofá e um armário suficiente para que os pacientes coloquem suas roupas. Em todas as salas e quartos existiam feitiços anti-fuga extremamente eficientes caso alguém tentasse escapar dali.